10 de mar. de 2010

CANNONBALL

there’s still a little bit of your taste in my mouth
there’s still a little bit of you laced with my doubt
it’s still a little hard to say what's going on

there’s still a little bit of your ghost your witness
there’s still a little bit of your face i haven't kissed
you step a little closer each day
that i can’t say what's going on

stones taught me to fly
love taught me to lie
life, it taught me to die
so it's not hard to fall
when you float like a cannonball

there’s still a little bit of your song in my ear
there’s still a little bit of your words i long to hear
you step a little closer to me
so close that i can't see what's going on

stones taught me to fly
love, it taught me to lie
life taught me to die
so it's not hard to fall
when you float like a cannon..
stones taught me to fly
love taught me to cry
so come on courage
teach me to be shy
'cause it's not hard to fall
and i don't wanna scare her
it's not hard to fall
and i don't wanna lose
it's not hard to grow
when you know that you just don't know

ps: obrigado por existir e me fazer uma pessoa mais feliz! :)

8 de mar. de 2010

INOCENCIA

Mais um aniversário chegando...Mais um ano que já se foi.
Enquanto me perco em devaneios sobre minha nova vida, também lembro dos meus antigos romances.
Todos eles.
E de todos que lembrei, um em especial fez meu coração bater mais forte, se aquecer por alguns instantes.
Ele não foi o homem que mais ficou na minha vida, e muito menos a relação mais profunda que já tive, mas é ele, o único que consegue até hoje trazer um sorriso e uma incrível leveza de alma, quando é lembrado.
Estavamos na escola. Sim...eu disse escola mesmo. Eu contava os minutos a cada aula, para os rapidos intervalos, apenas para olhar pra ele alguns segundos na esperança de um sorriso correspondido, um olhar cumplice, ou um simples cumprimento que já me ganhava o dia.
Dividimos o lanche, dividimos sorrisos, alguns amigos, algumas festinhas, mas principalmente, compartilhávamos um sentimento único e verdadeiro.
Você me deu incríveis noites, imaginando como seriam nossos filhos, nossa casa e nossa família. fantasiei cada minuto ao seu lado e rezei muito para que, pelo menos metade disso se concretizasse.
Ainda lembro do sorriso que você me tirava só de estar perto, lembro de todas as novas sensações que você provocou em mim, do ciúmes e da dor pela desilusão, até a euforia, calor, pernas bambas, borboletas na barriga, que me invadiam junto com sua presença.
Os anos passaram, e, mesmo distantes, de alguma forma ainda conseguiamos manter algum contato.
Meu Deus, em pensar que nossa ligaçao era tão forte, que um simples sonho a noite, me trazia ele no dia seguinte. Sempre. Nunca falhou.
Nos encontramos, certa vez, no casamento de amigos em comum. Incrível como alguns sentimentos não mudam. Passaram-se anos, e mesmo assim nossa sintonia ainda era forte.
Depois nos vimos mais algumas vezes em bares pela cidade. Hoje só conversamos raramente através da frieza do mundo virtual.
Isso já tem muitos anos, e apesar de toda virtualidade que hoje é nosso único laço, ainda sinto um calorzinho bom quando vejo seu nome na tela, e me vem um sorriso fácil só de lembrar dos anos maravilhosos que tivemos na escola.
Acho que foi o sentimento mais verdadeiro, mais puro, mais delicado e sincero que já dediquei a alguém.
Só queria que você soubesse, que minha vida está mudando... já faz algum tempo que está mudando, mas que no meio disso tudo, sempre haverá para você um espaço muito especial no meu coração e na minha memória.
Saudades, lindo!

5 de mar. de 2010

Amor não se pede.

Se implorar resolvesse, não me importaria.
De joelhos, no milho, em espinhos, agachada, com o cofrinho aparecendo.
Uma loucura qualquer, se ajudasse, eu faria com o maior prazer. Do ridículo ao medo: pularia pelada de bungee jump.
Chorar, se desse resultado, eu acabaria com a seca de qualquer Estado, de qualquer espírito. Mas amor não se pede, imagine só.
Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença?
Não, não dá pra dizer isso.
Ei, seu escrogui, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso.
Ei, monstro do lixo, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não. Amor não se pede, é uma pena.
É uma pena correr com pulinhos enganados de felicidade e levar uma rasteira.
É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha.
Um semblante altista de quem constrói sozinho sonhos.
Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar pro desgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema?
Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei.
Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto. Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se, em algum momento, o gosto volta.
Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de um cachorro querendo brincar. Ele roubou sua leveza mas, por alguma razão, você está vazia.
Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer: ei, a vida é curta pra sofrer, volta, volta, volta.
Porque amor, meu amor, não se pede, é triste, eu sei bem. São tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele, são tristes as noites que cumprem a promessa.
É triste respirar sem sentir aquele cheiro que invade e você não olha de lado, aquele cheiro que acalma a busca. Aquele cheiro que dá vontade pro resto da vida.
É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz. Tanto amor querendo escrever uma história mas só escrevendo este texto amargurado.
É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar.
É triste lembrar como eu ria com ele.
Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa?
Ele sabe, ele sabe.

18 de fev. de 2010

Saia....justa

Outro dia assistindo ao Saia Justa, foi feita uma pergunta do psicanalista junguiano para as apresentadoras que era: O que vocês desejariam quem um homem enxergasse em suas almas?
Fiquei pensando sobre isso. É o tipo de pergunta que nos pega despreparadas, que nos obriga a formular rapidamente um raciocínio lógico sobre algo que nos toca direto no terreno caótico emocional. Porque as mulheres são seres infinitamente mais sutis, mais sensíveis. Por isso essa simples pergunta nos traz a tona uma série de sentimentos intensos e indefinidos.
Sempre tive uma personalidade forte e por muito tempo neguei essa sensibilidade tipicamente feminina por relaciona-la erroneamente com fraqueza. Por muito tempo lutei contra essa obviedade das diferenças entre homens e mulheres. E eis que hoje, ao ouvir a pergunta, percebi que finalmente sem perceber, mudei. Porque a minha resposta seria: a única coisa que preciso é que um homem enxergue a sutileza da minha alma. Porque no fundo, lá no fundo, por trás de toda a armadura que a vida foi me colocando, eu tenho uma coisa doce, quase infantil.
E essa é a minha sensibilidade, é de lá que saem minhas inspirações, minhas inconsequencias, meus atos lúdicos e desconectados da realidade; é de lá que saem minhas fantasias. E quando um homem enxerga isso em mim, ele me entende por completo e vê ali escancarado, um manual de instruções que diz: cuidado, frágil. E não é um frágil negativo, mas a fragilidade de um cristal, cuja
beleza vem justamente de seu aspecto delicado e sublime. E isso, por si só, já mostra o tato que se deve ter comigo. Porque uma das coisas mais importantes pra mim é o tato, é o saber lidar, o saber reclamar, consolar, ter a sensibilidade de me perceber com todas as minhas nuances e complexidades. E amar cada uma delas.
Demorei pra perceber isso, mas hoje descobri que finalmente aceitei minha sensibilidade como parte da minha força e entendo que isso nada tem a ver com ser "mulherzinha". Talvez porque o que eu mais admire nos outros - homens e mulheres- (daí a minha resposta) é a sensibilidade. Todas as pessoas que me encantam na vidas são pessoas sensíveis e perceptivas. Essa foi uma das muitas mudanças que ando percebendo em mim ultimamente. Sim, porque estou numa crise de identidade. A crise dos quase trinta anos.

Uma crise sobre a qual surpreendentemente ninguém nos fala! Falam da crise da adolescência com todas as suas dúvidas e descobertas, falam da crise de meia idade com seus questionamentos, mas nunca param pra falar sobre a dificuldade que é viver os quase trinta. Já que ninguém fala, eu vou falar aqui.
Por que é tão díficil? Primeiro porque não estamos avisados sobre esta tal crise. Depois, porque simplesmente nos tornamos adultos. De repente, uma série de responsabilidade são jogadas sobre os nossos ombros. Acabou a faculdade, temos que lidar com trabalho, cobranças. Na vida pessoal, temos que fazer opções que implicam perdas. É possível que muitos de nós estejam morando sozinhos, mas não nos vemos com tal maturidade para isso.
E é no meio desse caos que temos que achar nosso lugar no mundo, porque ao que tudo indica acabou a brincadeira. Agora somos adultos, não é isso? É. E essa constatação mexe mais com a nossa cabeça do que possamos imaginar.
E essa é a crise que tenho vivido. Mudando minha relação com o meio que me cerca, com as pessoas e comigo mesma.
Mudança de paradigmas total, que às vezes me dá a sensação de estar sem chão. Estou confusa, mas não de todo infeliz. Na verdade oscilando entre os dois estados.

Mas normal, trocar de pele sempre doi, mas é necessário.

8 de dez. de 2009

Saudade é EX

Hoje lembrei dele.
Lembrei da risada, do sorriso, do cheiro, do toque.
Me veio uma saudade absurda de sentir aquele abraço por um instante que fosse. Saudade das nossas conversas, dos nossos olhares, de como a gente se entendia sem dizer uma só palavra.
Lembrei das cartas escritas que já queimei, mas sei de cada vírgula escrita. Pensei nos cartões feitos com tanto sentimento e que hoje são cinzas e lembranças de um passado que foi bom, mas acabou da forma mais triste possível.
Já dizia o poeta que todo amor, pra ser amor, acaba de forma triste. O nosso foi assim.
Um dia acabou, e deixou meu peito vazio e uma dorzinha que as vezes esqueço e penso que não existe, mas aí vem uma música, um perfume, um segundo no dia a dia em que tudo volta, e dói mais uma vez.
Não sei se ainda vamos nos encontrar, se algum dia vamos nos falar novamente...
Só queria que ele sempre soubesse, que mesmo com tudo o que passou, aqui dentro ainda existe um pouco dele, e torço, rezo, pra que lá no fundo, ele ainda tenha um pouco que seja do que um dia eu fui.

30 de out. de 2009

Dúvidas....

Cansei de ter sempre pela metade, parte...
Sou intensa, e gosto de relações intensas, verdadeiras e acima de tudo, exclusivas.
Sempre fui assim.
Se desisti de um antes, foi por não me contentar em ser demanda. Em fazer um papel coadjuvante e ser só mais uma que restou na lista.
Eu era a única, a primeira, a titular, e não admitia outro lugar. Por isso acabou.
Por mais que ainda esteja doendo e faça falta, acabou.
Agora, mais uma vez, me vejo numa relação mais ou menos. Morna.. E isso não me faz feliz.
A decisão que preciso tomar, envolve mais que o meu futuro, envolve o meu filho.
Por ele e por mim, não posso errar agora.
Então decido assim. Eu quero por inteiro, e não só um pouco.
Quero um amor inteiro, uma vida inteira, uma relação inteira. Sem meios termos, sem mais ou menos, sem parte sim, parte não.
Desse jeito, eu fico. Caso contrário, mais uma vez ACABOU.

4 de jun. de 2009

Acabou

Um amor só é bom quando é pra dois.
Eterno é antes e depois. 
Agora não vou mais me enganar.
Não quero mais sofrer, não dá...
Se o teu desejo era me ver, 
Se deu vontade de saber se estou feliz,
Até posso dizer que sim. 
O teu reinado acabou, chegou ao fim.
Eu não nasci pra você, nem você pra mim.
..